A osteoporose é uma doença sistêmica que acomete todos os ossos. Ela é caracterizada pela redução da massa óssea. A microarquitetura dessa região do corpo forma os pilares de sustentação da estrutura óssea, que vão ficando mais frágeis e em menor número com a evolução da doença levando ao enfraquecimento do osso, e que pode levar à fratura dos mesmos. Sendo que 50% das fraturas osteoporóticas ocorrem na coluna.
A massa óssea é realizada somente pelo exame de densitometria óssea. Este exame mede a massa óssea na coluna lombar e no colo do fêmur e compara os resultados obtidos com uma média de pessoas jovens. Esta comparação leva o resultado para os chamados desvios padrões, que são o quanto este valor obtido se afasta de um valor normal. Se o paciente estiver com valor 2,5 desvio-padrões abaixo desta média então ele terá osteoporose. E se estiver entre 2,5 e 1,5 ele terá apenas osteopenia.
O tratamento medicamentoso da osteoporose deve ser realizado através da ingestão de cálcio e vitamina D.
Já o tratamento físico consiste em realizar atividades físicas regulares e tomar sol pelo menos 20 minutos por dia.
A fratura por osteoporose na coluna é tipicamente uma fratura sem nenhum tipo de trauma envolvido. O paciente em geral queixa-se de dor lombar ou dor de intensidade progressiva e muito limitante a qual não melhora com remédios.
O exame de Ressonância Nuclear Magnética é hoje considerado padrão para diferenciar fraturas vertebrais osteoporóticas daquelas determinadas por infiltração tumoral.
A fratura por osteoporose da coluna vertebral pode além da dor incapacitante, causar deformidades na coluna que pode ser progressiva ou não e, em casos mais dramáticos, estar associada a alterações neurológicas.
No tratamento conservador, o paciente deve ser orientado a permanecer em repouso e usando coletes, dependendo do nível da fratura. O tratamento medicamentoso da osteoporose também é fundamental.
O tratamento cirúrgico é indicado nos casos em que o paciente permanece com dor mesmo após 6 semanas de tratamento conservador adequado, nos casos em que a deformidade progressiva da coluna em cifose e nos casos de alterações neurológicas.
Entre as técnicas percutâneas utilizadas para este tipo de cirurgia estão a vertebroplastia e a cifoplastia.
Na década de 1990, a vertebroplastia evoluiu com o desenvolvimento da cifoplastia. Um instrumento cirúrgico é utilizado para elevar ou expandir a vértebra.
O espaço criado é então preenchido com a mistura de cimento ósseo. A cifoplastia se destina a corrigir a deformação e restaurar a altura do órgão vertebral.
A vertebroplastia vem se tornando um método comum no tratamento de casos de dores agudas, trazendo alívio da dor a mais de 90 % dos pacientes.
Resultados publicados dos estudos iniciais de cifoplastia mostram resultados comparáveis de pronta melhoria na dor e função, bem como restauração limitada da altura do órgão vertebral, e índices similares de complicações.
Fonte :
. Scielo – https://www.scielo.br/
. Google Acadêmico